Indústria 4.0: Conheça as Novas Profissões e Como se Preparar para os Desafios do Mercado
A indústria 4.0 substitui postos de trabalho por máquinas mais eficientes, mas necessita de profissionais criativos
Por NÍCOLAS MARRECO
A partir dos recentes desdobramentos das tecnologias digitais, o tema da quarta revolução industrial, marcada pela inteligência artificial, é cada vez mais propício ao cenário produtivo econômico. Embora o País esteja em meio à crise de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, somando à defasagem da atualização industrial, é cada vez mais nítido aos empresários apostar na capacitação de pessoal para assumir os postos do futuro.
O Programa Prioritário de Formação de Recursos Humanos (PPRH), administrado pelo Instituto Muraki, é o responsável por gerenciar no Amazonas a aplicação das verbas oriundas da Lei de Informática, que separa uma fatia da renda das empresas para investir no desenvolvimento regional.
O coordenador do PPRH, Fernando Moreira, destacou que algumas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) já iniciaram o processo de mudança física ao conceito de “empresas inteligentes”.
“Não temos como fugir disso; temos que nos preparar. O homem já faz hoje com o celular coisas que eram impossíveis há pouco tempo”, ressaltou.
Como coordenadora do programa, a Muraki monta portfólio de cursos que vão desde técnicos aos de doutoramento, de acordo com a disponibilidade das instituições de ensino e as necessidades da empresa, e acompanha a sua implantação e desenvolvimento. As carreiras na área da Tecnologia da Informação (TI) são as mais demandadas na nova configuração industrial, tais como Realidade Virtual, Big Data, Computação em Nuvem e Integração de Sistemas de Manufatura.
O pesquisador e professor da Fundação Paulo Feitoza, Niomar Pimenta, argumentou que a agenda pedagógica-técnica de antigamente concentrava-se em soldagem e produção manual, basicamente. “Agora, a linha de programação robótica e o estudo das redes industriais integradas forma o perfil que tem mais seguridade para o mercado nos próximos anos”, defendeu. Contrariando o senso comum de que “as máquinas tirarão os humanos dos trabalho”, ele completa que “as máquinas não irão atuar sozinhas”. O aumento da complexidade ao mudar de função dentro da instituição é pelo qual os trabalhadores devem se preocupar. “É importante a reciclagem profissional. A academia é quem está à frente da rapidez de lançamentos no mercado”, comentou.
Lista
De acordo com a pesquisa State os the CIO, as funções mais difíceis de achar são:
Analista de dados - 42% de dificuldade Gerente de segurança digital - 33% de dificuldade Especialista em inteligência artificial - 31% de dificuldade Especialista em serviços para nuvem- 22% de dificuldade Especialista em internet das coisas - 18% de dificuldade Arquitetura corporativa - 18% de dificuldade